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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ao mestre com mais respeito...

 
Estamos realmente preocupados com os vários tipos de violência que existem nas escolas. Mas, gostaríamos de falar especificamente da violência contra o professor. Violência essa vinda de alunos com comportamentos anti-sociais, e vinda das instituições, que, as vezes, superprotege os alunos e não busca compreender melhor a situação do docente.

O poder público pouco tem conseguido tomar medidas que resolva o problema causado por alunos que atrapalham o processo pedagógico, com atitudes individualistas em detrimento com a prática social e socializante que é o ensino formal. Não defendo as práticas rígidas e questionáveis das gerações mais antigas de professores, e nem os pós-modernos que superprotegem os alunos, deixando, por exemplo, de cantar "o atirei o pau no gato" porque acreditam que tal cantiga estimula a violência.

Defendo que a boa aula tem que acontecer. Se o professor é mal formado e não consegue dar uma boa aula, que ajudemos esses professores na formação deles; se o aluno não consegue participar do processo e se mostra desinteressado, vamos investigar as causas e apontar soluções que o ajude a se interessar pelo conhecimento, engrandecendo o seu potencial criativo e construtivo.

Lembremos de que muitos alunos não se prendem à aula porque a atenção voluntária ainda não foi satisfatoriamente desenvolvida. Ninguém sente desejo de ficar sentado, quieto e ouvindo o que o professor tem para falar. Essa habilidade de permanecer sentado e ouvindo desenvolve-se com a ajuda externa dos mais desenvolvidos que ensinam aos mais jovens a imensa importância de sentar e ouvir, sem prejuízo ao direito de se expressar. Porém, o aluno que sabe ouvir, sabe o que dizer.

Quantas vezes passamos horas preparando uma aula e não conseguimos atingir o objetivo porque os alunos não conseguiram ficar quietos. Os ruídos que a sala produz nos deixa estressados e passamos a maior parte do tempo negociando o silêncio.

Sobre essa questão dos alunos que atrapalham a aula, é necessário que haja um canal de comunicação entre os professores e o Conselho Tutelar, levando em consideração que, em muitos casos, cabe medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Mais do que aplicar medidas observando apenas o caso em questão, é preciso investigar a fundo o que está causando esses comportamentos, muitas vezes, sociopatas de uma quantidade cada vez maior dos alunos. Metaforicamente falando, é preciso tratar a infecção que está causando a febre, e não somente dar o remédio para febre.

Não existe outro caminho, apenas as ações coletivas entre os Educadores, o Conselho Tutelar, os Pai e a Sociedade poderá elevar a qualidade da aula em nossas escolas e, consequentemente, melhorar as nossas perspectivas de futuro.

Apenas valorizando e respeitando os mestres é que teremos bons discípulos.

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